quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mais um passo!


Rio - A Polícia Militar vai pagar pensão a ex-companheiro homossexual de policial que morreu. A corporação anunciou que, caso a união estável seja comprovada, vai conceder o benefício normalmente. Na última sexta-feira, uma advogada solicitou à PM o direito de pensão para o cliente, que vivia em união estável com um capelão militar. Os nomes não foram divulgados pela instituição.


Relações públicas da PM, o tenente coronel Lima Castro afirma que não há preconceito na corporação. “O procedimento é normal com qualquer caso, tanto de casal hetero quanto homossexual. A PM não tem nenhum problema com relação a isso. Se ficar provada a união estável, haverá pensão”, garante Lima Castro.

Nos últimos anos, os homossexuais têm garantido, às vezes sem necessidade de intervenção da Justiça, o direito a pensões por morte dos companheiros. Eurivaldo Bezerra, advogado especialista em Direito Previdenciário, vê menos dificuldades atualmente.
“A discussão hoje já não está tão complexa. Ainda é difícil, mas algumas barreiras já caíram. A dificuldade maior é comprovar a própria união estável”, explica o advogado. Ele acrescenta que, quando a relação é comprovada, a Justiça obriga a instituição a conceder a pensão.

LEGISLAÇÃO FAVORECE

Júlio Moreira, coordenador técnico do Grupo gay Arco Íris, mostra-se animado com a decisão da PM. “É uma tendência positiva. No caso da PM, que ainda tem muita resistência, é interessante. Isso abre uma gama de discussão e é um avanço na questão até mesmo dos direitos humanos”, comemora. Júlio destaca ainda a existência de leis que favorecem as decisões favoráveis ao gays.

Na Guarda Municipal do Rio, por se tratarem de servidores municipais, agentes têm pensões pagas pelo Previ-Rio. A instituição informa que o pagamento é feito independentemente da orientação sexual do segurado, de acordo com a Lei Municipal 3.344/01.

Casais devem registrar relação em cartório

Para garantir o direito à pensão após a morte de parceiro, o principal fator é comprovar a união estável. Eurivaldo Bezerra, advogado especialista em Direito Previdenciário, orienta sobre o que é necessário. “Tem que apresentar algum documento, como cartão de crédito, contrato de locação, conta bancária. Tudo conjunto”. Com isso é possível provar quantos anos o casal viveu junto.

Júlio Moreira, do Grupo Arco-Íris, aconselha o casal a registrar a união em cartório e reconhecer, inclusive, o patrimônio constituído e como seria dividido, em caso de morte de um dos dois. Isso, segundo Moreira, serve como prova até se necessário recorrer à Justiça.

fonte: internet

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Galvão Bueno em primeiro lugar nos assuntos do Twitter

Durante o show da abertura da Copa do Mundo na África do Sul nesta quinta-feira, o locutor Galvão Bueno alcançou o primeiro lugar entre os assuntos mais comentados do Twitter em escala global. Será que é tanta gente amando o Galvão? Não. A responsável pelo sucesso é justamente a expressão "cala boca galvão".

E o sucesso só tende a crescer dramaaaaaaaaaaaaticamente. Frente às dúvidas dos usuários estrangeiros do Twitter, que perguntavam "quem é Cala Boca Galvao", parte dos tuiteiros brasileiros prolongou a piada com bom humor, afirmando que se tratava de uma canção inédita da Lady Gaga. Até aí, nada de muito interessante.

Mas a brincadeira está ganhando versões mais elaboradas. Uma resposta falsa para os gringos afirmava que "cala boca" significaria "salve / salvem", e que "galvão" seria uma espécie de ave em risco de extinção. Portanto, cada "cala boca galvão" enviado pelo Twitter valeria US$ 0,10 para a Galvao Bird's Foundation. Já tem até cartaz e a campanha está correndo o mundo.

Não se tem notícias de quantas aves já foram salvas graças ao locutor brasileiro.

Tudo leva a crer que o sucesso meteórico de Galvão está apenas começando.

domingo, 13 de junho de 2010

'Na forma da lei': Maurício Mattar vive delegado gay no seriado


O delegado Pontes, personagem de Maurício Mattar em “Na forma da lei”, até engana, mas é bem diferente dos mocinhos que o ator já interpretou na TV. Ninguém desconfia, mas o policial do seriado, que estreia dia 15 na Globo, é homossexual e tem uma intensa vida noturna.
— Pontes é um homem rústico, viril, vaidoso, que sai do armário à noite e frequenta boate gay — conta o ator, que entra em cena a partir do quinto episódio: — Ele tem um flerte com o Serginho (Michel Waisman) durante um tempo. E, mais para a frente, vai investir em um rapaz. Acaba sendo prejudicado por isso.
Acostumado a ocupar o posto de galã, o ator conta que não tem medo de sofrer rejeição do público.
— Se estranharem, vou achar maravilhoso. Se fosse assim, todo mundo ficaria muito triste quando o Rodrigo Santoro viveu um travesti em “Carandiru” — opina: — O importante é que vejam que é um trabalho bem elaborado. Essa é a grande delícia de ser ator.
Mattar explica que Pontes mostra o lado ruim da polícia: corrupto, ele acoberta falcatruas de acordo com quem paga mais.
— Ele faz jogo sujo. Mas esse é o quadro normal, né? É só ligar o noticiário que você vê o Pontes — diz.
Para compor o visual do delegado, Mattar deixou o cabelo grisalho e adotou um cavanhaque, a pedido do diretor Wolf Maya.
— Ficou uma coisa meio Johnny Depp, gostei do resultado. A tatuagem no pescoço também deixa o visual mais agressivo — diz o ator, acrescentando que fará uma homenagem ao personagem Kojak, protagonista de uma série americana dos anos 70: — Ele usava sempre um pirulito na boca. Também vou usar. Achei que seria mais um elemento interessante para o personagem.
Além do seriado, o ator se prepara para gravar um CD e um DVD em julho ou agosto, mantendo seu conhecido estilo romântico.
— O romantismo está sempre em mim — afirma ele, casado com a bailarina Keiry Costa há dois anos e meio.

Pontes não está sozinho: o delegado Sávio (Thiago Reis) reforça o time de policiais gays no seriado. Casado e pai de uma menina, o jovem descobre sua homossexualidade ao se apaixonar pelo repórter Ademir (Samuel de Assis). Polêmica à vista?
— Quero mais é que tenha polêmica! — vibra Thiago, em seu primeiro papel de destaque na TV: — Só fico um pouco apreensivo com uma repercussão negativa entre os policiais. Mas gays existem em todos os lugares.
Irmão do ator Cássio Reis, o paulistano de 28 anos conta que o envolvimento entre o delegado e o jornalista começa aos poucos:
— Sávio conhece Ademir no IML e eles viram parceiros, começam a sair, como amigos, no início. A paixão não é assumida, mas todo mundo desconfia.
Apesar de trabalharem juntos em alguns casos, Ademir não se aproveita do relacionamento para conseguir informações privilegiadas. O repórter é um dos cinco protagonistas, um grupo de amigos que tenta fazer o serial killer Maurício (Márcio Garcia) pagar por seus crimes na trama.
— Ele sabe separar as coisas — conta o sergipano Samuel, também de 28 anos: — Ademir é bem resolvido com a sexualidade dele. Mas tem um passado sofrido, por ser gay e negro, e junta tudo isso nesse sentimento de justiça. Meu personagem está determinado a colocar esse assassino na cadeia.
Encarando seu trabalho mais importante na televisão, Samuel não tem medo de ficar estigmatizado pelo papel.
— Isso nem passou pela minha cabeça — afirma.

Por Sessão Extra